
Redonda. Sem lados, sem partes, sem fim. Círculo denominado eterno, infinito. Caminha de forma circular, com extremo rebolado. Vai pra lá, vem pra cá. Passa por todos e ninguém a possui. Não é difícil, necessita-se de habilidade. Comandada quando em mãos, ou melhor, pés, ela desliza e direciona para o objetivo traçado. Desejado por todos aqueles que a seguem sem pensar. Verbo usado com limites, onde a espontaneidade faz a festa. Olha, passa e espera. Recebe, corre e age. Driblar os sonhos e os medos. Os chamados adversários. Consta-se que sonho é fantasia, imaginar algo o qual é irreal contornável ao concreto. Medo transmite aquilo que te aflige, é mal e só mal que existe para impor limite próprio. Dribla um, dois, três. De frente, de cara, de possuir. Fica-se a beira da alegria. A beira do desespero, agora por parte daqueles que desejam o mesmo contra você. Obstáculos, barreiras e linhas. Humanos ou não, material psicológico ou não. E agora? Literalmente é entrar com bola e tudo. Apresenta-se a bola, apelido carinhoso. Pode ser quadrada, apenas em ficção. Sem jeito para quem não domina sua falta de curvas. Transitoriedade que alcança o conjunto de espaços unidos. Dali, daquele, de modo algum. As rendas não permitem a passagem. É como se o além fosse demais para nós. Não está ao nosso alcance, está à parte do que podemos. Contentação, objetivo concluído. Efeitos colaterais não se descrevem. É coisa que se sente. Inexplicável. Euforia, utopia, melancolia. Como pode isso ser taxado com tanta diferença? É o jogo. Como este que aplico aqui. Ao primeiro momento, chama-se de futebol. Derivado e abrasileirado como bola no pé. Esperteza e habilidade conjunta para montar tal sacrifício ao membro interlocutor. Engana-te mais uma vez. Jogo esse que se brinca de brinca. Jogo aquele que vale a vera, que move o real e importável. Deixo vago ao mostrar duas formas de paixão em atitudes complementares. É percebível a paixão geral. São cabíveis as curvas do sentimento. Não se quer os bloqueios e decisões erradas nascentes do imaginável. Paixão que pixa com nossas caras, emoções e conclusões. Nunca diga nunca mais. Um dia tudo se aprende. Nada como o talento de passar pelo oposto, que somente se ganha ao longo do aperfeiçoamento do drible. Busque, pule, ganhe e abrace. Piruetas e molecagens naturais da vitória saltam de satisfação. Tente, caia, chore e deixe. Uma nova chance chegará pelo escanteio. Cruze as mãos num gesto honroso, que jogue a moeda aquele dito ditador de regras. Quebre-as pelo seu impulso. Nada de cartão vermelho para seguir em frente. Sempre contra a inércia e a favor da esperança com um cartão verde novo. Jamais deixe que o game (vire) over.
Dani