Friday, November 30, 2007

Somente um

Um dia estressante na rua, ansiedade para chegar em casa, pressa misturada com fome, sono e dor nos pés por ter ficado horas na fila do banco... dia comum, dia sem sal... Girar as chaves e pronto: bem-vindo ao aconchego do lar... Mas, numa questão de minutos se dá conta de que nada mudou. Tudo está no mesmo lugar que deixou antes de sair de manhã cedo. Não se escuta nenhum som, nenhum ruído, não se sente nenhum cheiro. Nenhum aroma de feijão fresquinho ou daquela macarronada esperta. Um vazio lhe invade. Liga a TV, começa a cozinhar, mas nada lhe completa. Falta alguém para lhe recepcionar, pra contar o seu dia, para jantar ao seu lado e brindar a sua promoção no trabalho. Podia ser namorado, amante, marido, pai, mãe, filho... queria simplesmente um amigo. Alguém. Se fosse estranho, desconhecido, faria milhares de perguntas... se fosse um velho conhecido escutaria pela milésima vez reclamações sem sentido... Pensando, esperando, sentindo, queria ao menos que estivesse me ouvindo!

Cecí

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