Saturday, November 11, 2006

O que faço da vida

Comunicar. Tudo na vida começa através da comunicação. Se não fosse o ato de se comunicar, não haveriam palavras. Não haveriam expressões. Não haveria contato humano. Apenas o frio, o quieto, o eterno silêncio. E para que serve o silêncio? Dizem que um olhar diz muito mais do que palavras. Nem sempre. Quem sabe? Ninguém sabe. Não há como saber. O olhar engana, te atrai, seduz, ou mente, ou é sincero demais. Não existe um meio termo. Uma medida. Um limite. Você olha e fala o que quer, quando quer, para quem quer, aonde quiser. Melhor do que apenas olhar. Falar é o mesmo que colocar para fora de si. Desabafar, contar, conversar. Enfim, lá vem o verbo comunicar mais uma vez. É uma necessidade humana. Aproximar você do mundo é necessário. Aproximar você de pessoas iguais ou diferentes é indispensável. É imprescindível para que nada nunca seja igual. Para que nada se torne monótono. Para que nada pare de girar. Mudar. Mudança é essencial. Seja na idade, na mente, no corpo. Até mesmo no humor. Humor é variável. Talvez seja a única coisa regular e comum da qual se tem certeza que muda. Do humor, podemos chorar. Saber chorar vem de uma dor. Dor que vem de um ato que te deixou chorar. Ato que antes de ser triste, pode ter feito você sorrir um dia. Sorriso que é conseqüente de uma fala de um certo alguém para você. Fala que saiu da boca de um ser, mesmo local por onde sorrimos. Ser esse que se comunicou, comunica e sempre comunicará. Sempre te transmitirá algo. Seja algo sentimento. Ação. Reação. Resultado. Produto de uma multiplicação de ações. Matemática da vida. Há quem diga que palavras e números não se misturam. Mentira. A palavra escreve os números. Os números contam as palavras. Ligação. Essa é a chave de tudo e de todos. A explicação de quem você é. Do que te fez assim. Do que te influenciou. De como irás embora daqui. Essa ligação, a comunicação, é o resumo da vida. É a chave da vida eterna. Eterna enquanto dure.

Dani

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